Uma das sequelas mais comuns após um AVC é o défice cognitivo, que depende em grande parte da localização e da extensão da lesão.
À semelhança das limitações físicas, os défices cognitivos condicionam largamente a qualidade de vida da pessoa, interferindo na sua autonomia e funcionalidade, assim como nos aspetos emocionais e comportamentais.
As dificuldades cognitivas mais relatadas pós AVCs são:
Dificuldades de Concentração;
Esquecimentos Frequentes/Perda de Memória;
Prejuízo na capacidade de raciocínio (planeamento, cálculo, flexibilidade mental);
Alterações Comportamentais (impulsividade, depressão, irritabilidade, apatia, entre outras).
No sentido de fazer face a estas dificuldades que podem comprometer a qualidade de vida da pessoa, surge a Reabilitação Neuropsicológica, que assume um papel relevante na recuperação das funções cognitivas e na estabilização emocional e comportamental.
Nestes casos, o procedimento inicial passa pela realização de uma Avaliação Neuropsicógica que permitirá identificar as sequelas cognitivas e emocionais e definir o potencial de reabilitação e os objetivos da intervenção.
Posteriormente a realização de sessões de estimulação e treino cognitivo (com recurso a tarefas computorizadas, a exercícios de papel e lápis e à adoção de estratégias compensatórias) permitirá à pessoa aproximar-se ao máximo da sua funcionalidade antes do AVC.
É crucial intervir atempadamente, no sentido de reduzir as limitações cognitivas impostas pelo AVC e proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida.
Comments