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Medicina da Dor

A Consulta da Dor, na abordagem da patologia álgica, um quadro prevalente na sociedade (independentemente da sua causa), é um recurso indispensável para a decisão terapêutica dos quadros dolorosos. Muitos casos de patologia álgica têm início com um quadro agudo (após um estímulo doloroso identificado/conhecido), e a maioria dos casos podem tornar-se crónicos, por ausência de tratamento apropriado ou ausência de identificação do estímulo doloroso. A dor que persiste, de forma contínua ou recorrente, desde há 3 ou mais meses, é considerada crónica, e, muitas vezes, neste timing, motiva a procura dos cuidados de saúde. Contudo, a relação entre dor e lesão é variável e nem sempre é previsível e é neste contexto que o papel do médico apresenta relevo.

O papel da Medicina da Dor, sobretudo em contexto de consulta, consiste na caracterização e classificação da dor, com colheita da história clínica e na avaliação cuidada das limitações e contexto clínico do utente, no sentido de propor o tratamento mais adequado à patologia em questão, nomeadamente terapêutica conservadora (analgesia e anti-inflamatória) ou terapia manual e eventual necessidade de terapêutica mais invasiva (procedimentos percutâneos ou cirúrgicos). A avaliação médica tem um papel também na avaliação de fatores de risco/sinais de alarme que impliquem avaliação por outras especialidades médico-cirúrgicas.

A realização de exames complementares de diagnóstico, como é o caso da Radiografia, Tomografia Computorizada e Ressonância Magnética faz parte dos recursos do médico no diagnóstico da patologia em questão, sendo uma ferramenta indispensável para a avaliação do utente, nomeadamente para diagnóstico e para o planeamento terapêutico e controlo pós-terapêutico, para avaliação da eficácia do tratamento.

A Consulta da Dor assume assim um papel imprescindível na avaliação do doente e na articulação com as restantes especialidades do foro terapêutico, nomeadamente Fisioterapia/Osteopatia, na reabilitação dos diversos quadros álgicos.