Osteopatia para Bruxismo: Como a Terapia Manual Ajuda a Reduzir Dor, Tensão e Apertar dos Dentes | Centro Medular Porto
- Centro Medular

- 6 de dez.
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O que é o bruxismo?
O bruxismo é uma atividade muscular mastigatória que pode ocorrer durante o sono (atividade rítmica ou não rítmica) e em vigília (caracterizada por atividade repetitiva da mandíbula com ou sem contacto dentário), respetivamente. Não é considerado uma perturbação em indivíduos saudáveis, mas sim um comportamento que pode ser um fator de risco e/ou proteção para determinadas consequências clínicas e comorbilidades (Cid-Verdejo et al., 2024).
O bruxismo em vigília (acordado) é descrito como uma atividade muscular mastigatória durante a vigília, caracterizada pelo contacto repetitivo ou sustentado dos dentes e/ou pelo movimento de contração ou propulsão da mandíbula, não sendo uma perturbação do movimento em indivíduos saudáveis (Bracci et al., 2024). Ambas as manifestações circadianas do bruxismo foram especificadas como não sendo uma perturbação em indivíduos saudáveis, ou seja, uma certa quantidade de bruxismo inofensivo pode estar presente como parte da arquitetura normal do sono ou dos comportamentos de vigília (Bracci et al., 2024).
Um espectro alargado de várias atividades musculares da mandíbula sem contacto com os dentes, como o movimento de contração ou propulsão da mandíbula, foi incluído sob o termo genérico "bruxismo". Isto representa uma importante mudança de paradigma em relação ao conceito inicial de que o bruxismo é uma atividade motora durante o sono, caracterizada por um padrão específico de contração do masséter (i.e., atividade rítmica do músculo masséter) e acompanhada por sons de ranger de dentes (Bracci et al., 2024).
As atividades do bruxismo podem, de facto, flutuar ao longo do tempo, o que dificulta a avaliação do potencial impacto clínico (Bracci et al., 2024). Diferentes métodos (instrumentais e não instrumentais) têm sido propostos para a sua avaliação, com diferentes conotações e níveis de certeza. A abordagem não instrumental inclui o testemunho do colega de quarto e do próprio paciente (bruxismo auto reportado) e o estudo dos sinais e sintomas dentários, musculares e da articulação temporomandibular (exame clínico). Estes métodos não indicam necessariamente se a atividade de bruxismo existe ou não no momento do exame, pois não é uma atividade constante ao longo do tempo. Diferenciar entre atividade muscular mastigatória, atividade muscular mastigatória rítmica, atividade oromotora relacionada com o sono e reconhecer a atividade de bruxismo é um desafio durante a própria análise da polissonografia (Cid-Verdejo et al., 2024).
Bruxismo como Disfunção da Articulação Temporomandibular
As disfunções temporomandibulares (DTM) são um termo coletivo que inclui perturbações da articulação temporomandibular (ATM), dos músculos mastigatórios e estruturas acessórias na ausência de outra patologia visceral (por exemplo, perturbação do ouvido, tumor faríngeo ou abcesso dentário) (Rahman & Rahman, 2025).
De acordo com os Critérios de Diagnóstico para DTM, as DTM podem ser divididas em distúrbios miogénicos (Grupo I) e distúrbios intracapsulares, incluindo deslocamentos discais (Grupo II) ou artralgia, artrite e artrose (Grupo III). A prevalência de luxações discais é de cerca de 41% nos doentes com DTM, podendo ser classificadas como luxação discal com redução ou luxação discal sem redução (Ferrillo et al., 2025).
O movimento da articulação é controlado pelos músculos masséter, temporal, pterigóideo interno, pterigóideo externo e músculo digástrico. As disfunções temporomandibulares (DTM) afetam os músculos da articulação e da mastigação, ou ambos (Minervini et al., 2023).
Os sujeitos com DTM podem apresentar diversos sintomas otológicos, como zumbidos, plenitude auricular (sensação de pressão ou “entupimento” no ouvido), otalgia, perda auditiva, hiperacusia e vertigens, que podem ser devidos à proximidade anatómica entre a ATM, os músculos inervados pelo nervo trigémeo e as estruturas do ouvido (Garstka et al., 2022).
Fatores etiológicos (Minervini et al., 2023):
Fatores psicológicos
Trauma
Hábitos para funcionais
Dor intensa
Como é que a Osteopatia pode ajudar (Rahman & Rahman, 2025):
Libertação miofascial
Equilíbrio da tensão membranosa
Energia muscular
Mobilização articular
Thurst (técnica de alta velocidade e baixa amplitude)
Terapia sacrocraniana
Alongamento muscular (Fernández-De-Las-Peñas et al., 2020)
Libertação de ponto-gatilho( Fernández-De-Las-Peñas et al., 2020)
Exercícios complementares ao tratamento (Fernández-De-Las-Peñas et al., 2020):
Coordenação muscular
Relaxamento dos músculos hipertónicos
Aumento da amplitude de movimento
Aumento da massa muscular
Propriocepção e resistência muscular
Exercícios aeróbicos
A osteopatia para bruxismo tem-se revelado uma abordagem altamente eficaz para reduzir dor, tensão muscular e episódios de apertar ou ranger os dentes, atuando na causa e não apenas nos sintomas.
Através de técnicas manuais específicas, o tratamento osteopático do bruxismo melhora a mobilidade das articulações temporomandibulares, normaliza a função muscular e reduz o stress acumulado que agrava esta condição. No Centro Medular, no Porto, a nossa equipa avalia cada caso de forma individualizada, oferecendo um plano terapêutico integrado que promove alívio rápido e resultados duradouros. Se procura uma solução natural e especializada para o bruxismo, a osteopatia pode ser o caminho para recuperar o seu bem-estar.
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